O Euro do nosso desencanto
«Crónica do nosso descontentamento»
(Contributo do portal Sapo & Lusa
- adaptação de Assis Machado)
Imprensa
estrangeira elogia
Exibição
portuguesa
“O nosso desencanto”
Portugal
está fora do Euro2012 depois de perder nas grandes penalidades com a Espanha.
A imprensa internacional elogiou na quarta-feira à noite
a selecção portuguesa de futebol, apesar da eliminação nas meias-finais do
Euro2012 de futebol, frente à campeã europeia Espanha.
«O sonho de Ronaldo no Euro 2012 morreu no drama dos
penáltis», titula o tablóide britânico Sun,
que elogia a exibição da selecção portuguesa, à qual faltou aquele «toque
matador para enviar a Espanha de volta a casa».
O jornal inglês critica ainda a opção técnica de deixar o
capitão português para o fim na cobrança das grandes penalidades:
«Incrivelmente, Ronaldo nem teve a hipótese de bater o quinto penalti por ter
sido colocado em último lugar na lista de marcadores. Erro elementar difícil de
entender numa meia-final de um campeonato europeu».
O diário desportivo italiano Gazetta dello Sport também destacou a decisão de deixar Cristiano
Ronaldo para o fim da lista de marcadores dos penáltis.
«Fábregas marcou o quinto penálti para a Espanha e assim
Ronaldo não pôde bater o seu. É sempre uma péssima ideia meter o seu melhor
marcador no último lugar da lista, sobretudo quando o adversário começa a série
de penaltis», lê-se no diário transalpino.
A Gazzetta dello Sport faz a análise à partida entre as duas selecções ibéricas, considerando que ambas jogaram um «futebol hiper-prudente e por isso o 0-0 pareceu sempre longe de ser desfeito», razão pela qual «tudo se decidiu nos penáltis», nos quais «o erro decisivo pertenceu a Bruno Alves, depois do duplo falhanço inicial de Xabi Alonso e Moutinho». Bruno Alves acertou na barra como todos testemunharam. A Gazzetta dello
Sport faz a análise à partida entre as duas selecções ibéricas,
considerando que ambas jogaram um «futebol híper-prudente e por isso o 0-0
pareceu sempre longe de ser desfeito», razão pela qual «tudo se decidiu nos
penáltis», nos quais «o erro decisivo pertenceu a Bruno Alves, depois do duplo
falhanço inicial de Xabi Alonso e Moutinho». Bruno Alves acertou na barra como
todos testemunharam.
O diário desportivo francês L’Equipe titula que a Espanha se qualificou para a sua segunda
final consecutiva do Europeu, depois de afastar Portugal nos penaltis,
destacando a exibição da equipa de Paulo Bento.
«Os Lusitanos, dominadores esta noite no tempo
regulamentar, ficam pelas meias-finais pela terceira vez em quatro
participações», refere o L’Equipe,
considerando Portugal «uma das boas surpresas» da competição.
O jornal Olé da
Argentina destacou o facto de Cristiano Ronaldo ter ficado com “ganas” de bater
o quinto penálti e não evitou aludir à rivalidade com Leo Messi: «Dizia-se que
Ronaldo conquistaria a Bola de Ouro se levasse Portugal à final, mas parece que
nem isso irá ganhar».
O mesmo jornal apelidou o jogo Portugal x Espanha de um
«mini-clássico em miniatura», numa alusão ao Real Madrid x FC Barcelona e
releva o facto das duas equipas «terem tido tanto respeito uma pela outra que
tudo se acabou por decidir nos penáltis».
«Portugal entrou a pressionar muito alto para que a
Espanha não impusesse o seu ritmo à base do toque de bola», refere o jornal a
propósito do jogo de ontem, destacando o facto do terceto «Xavi, Silva e
Iniesta ter rendido menos do que é habitual», concedendo o mérito «ao sólido
bloco defensivo português».
O site brasileiro Globoesporte
titula “Doce Rotina” sobre a crónica da partida, referindo que a Espanha venceu
Portugal nos penáltis e tem agora oportunidade de fazer história na Eurocopa,
tornando-se na primeira selecção a conquistá-la duas vezes.
«Portugal percebeu que o segredo para travar a Espanha
era pressionar no meio-campo espanhol. Com esta postura, os Lusos conseguiram que a ‘Fúria’, apesar
de ter mais posse de bola, não chegasse de forma efectiva à baliza de Rui
Patrício», escreveu o Globoesporte,
que não deixou passar em claro, todavia, a ligeira quebra portuguesa no
prolongamento.
Neste período, segundo o Globoesporte, o «cansaço português era visível», razão pela qual a
Espanha «esteve mais próxima do golo» no prolongamento, provavelmente pelo
«maior desgaste dos rivais».
Já a Folha de São
Paulo considerou que a Espanha «nem o domínio de bola teve, desta vez»,
visto que «cinquenta e seis por cento de posse de bola não é o padrão normal
dos atuais campeões europeus e mundiais».
«Portugal não deixou a Espanha jogar e esteve mais
incisivo no ataque, de tal forma que o seleccionador espanhol Vicente del
Bosque estava tão incomodado ao intervalo que lançou Fábregas e Navas para os
lugares de Negredo e David Silva», comenta o mesmo que aparentemente procurou
mais o golo».
Finalmente, destacou o facto de Ronaldo «ter tido nos
pés, aos oitenta e oito minutos, a oportunidade de colocar Portugal na final”,
mas o remate “não acertou no alvo».
Conclusão – Fica-nos a ideia clara de que errámos o
ALVO-EURO2012! Todavia cremos que se reforçou largamente a certeza da nossa
melhoria como “Equipa Desportiva de todos nós” e lançamos, desde já, um repto
decisivo – no que concerne ao “desporto-rei” – com a convicção e a esperança de
que o futuro está nas nossas mãos.
Prof.
Assis Machado
N. B. Ver também, por favor, os Sites do autor:
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