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terça-feira, 28 de agosto de 2012

ISTO É QUE VAI UMA CRISE!



Sporting, 0 X Rio Ave, 1

Ao Leão com triste sina,
Boa sorte ou má que tenha,
Com tal Ave de rapina
Não há mal que lhe não venha.

Por mais receita ou lição
Que seu mister determina
Não há quem dê solução
Ao Leão com triste sina.

Por vezes até acerta
E o sucesso se desenha
Mas outro azar o aperta
Boa sorte ou má que tenha.

Apesar de grande alarde,
De barrete e de batina,
Logo perde em Alvalade
Com tal Ave de rapina.

Já descobriu a Torcida
Qu´ a equipa não desempenha,
Com este Leão sem saída
Não há mal que lhe não venha.

A Equipa está muito forte
Preparada para a Crise
O que nos falta é a sorte
P´ ra vencer mais um deslize.

Venham todos, quantos são?
Nem se ponham pr´ ai a rir,
Não brinquem com este Leão
Que o Sucesso há-de vir!

Frassino Machado
In GLOSAS & BANDARILHAS

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

POETA VIMARANENSE - Abel da Cunha


                        Cordyline australis
          A UMA FITEIRA

Se pudesse amainava a ventania
que rasga as folhas largas da fiteira.
Plantada junto ao muro resistia
sem se vergar ao tempo altaneira.

Árvore mãe de todos os cansaços!
No tronco aberto, velho e carcomido,
guarda alviões, sacholas e engaços,
e utensílios que não têm servido.

Não morrerá talvez. Já tem rebentos
ao derredor com fitas renascidas.
Crianças dançam nos seus dias lentos
e brincam pela água divertidas.

Ao sol do meio-dia voam pombas
deixando sobre a terra leves sombras.

Abel da Cunha
Site do autor:
E também:

EPIGRAMA AOS POETAS CONTEMPORÂNEOS



- A propósito do papel da Poesia -

1. Ser ou não ser uma Glosa,
Com muita ou pouca rima
Que possa ter preciosa,
Já conquistou a estima.
Mesmo que alguém a deprima
Não deixa por mãos alheias
Ir a todas as aldeias
Levar como concordata
A tarefa imediata
De mexer com as ideias!

2. Ser ou não ser um Soneto,
Com ou sem estilo clássico
Fechando ou não com terceto,
Vem dos idos do jurássico.
Mesmo, por motivo prático,
Ele não sendo ciumento
Torna-se em cada momento
Um éden de emoções
Que arrebata corações
E é porto de sofrimento.

3. Ser ou não ser uma Ode,
Com este ou aquele formato
Que explica como pode,
É um assunto caricato.
Mas para eu não ser chato
Afirmo esta convicção
De que a sublime questão
Que enriquece a poesia
É assumir primazia
Nos poetas de eleição.

4. Quadra popular ou não
Ou um dístico perdido
Fica sempre a tradição
De poesia com sentido.
Já agora, por divertido,
Quanto ao nosso epigrama,
Não façamos nenhum drama:
A Poesia é natural
Se for circunstancial
Em todo e qualquer programa!

Frassino Machado
In RODA VIVA

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O LEÃO ESTUDIOSO

Vitória S. C., 0 X Sporting C. P., 0

Tendo em vista as verdades
De um passado desgostoso
P’ las Novas Oportunidades
O Leão fez-se estudioso.

Não é vergonha nenhuma
E só mostra qualidades
Estudar, limpando a bruma,
Tendo em vista as verdades.

Há que aprender com paixão
Quem quer futuro ditoso
À palmatória dar mão
De um passado desgostoso.

No estádio do Fundador,
Na mais bela das cidades,
Abriu Escola com primor
P´ las Novas Oportunidades.

Com os erros arquivados,
Num processo engenhoso,
Por trejeitos recriados
O Leão fez-se estudioso.

Com broa e verde tinto,
Já vem nos livros de estória,
Foi o truque de Sá Pinto
P´ ra ganhar ao Rui Vitória.

Mas Vitória é sempre Vitória,
Só empatou o aprendiz Leão.
Não basta o ter memória
Há que saber a lição!

Frassino Machado
In MUSA VIAJANTE

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O POETA TROVADOR DE DEUS


PADRE BENJAMIM SALGADO, 1916 – 1978

«O POETA TROVADOR DE DEUS» - Música Sacra e Música Profana

O Padre Benjamim Salgado, nasceu em Joane a 8 de Maio de 1916.
Os primeiros anos da sua vida foram passados com os pais, em Joane, onde frequentou a escola primária local desde 1923 até 1927. É em Joane que, ainda criança, inicia a sua relação com a cultura e a arte, manifestando capacidades inatas para a música e teatro.
Concluída a primeira etapa da sua formação académica ingressa em 1927 no Seminário de Braga. Frequentou o curso de Humanidades, Filosofia e Teologia. Estudou ainda Oratória, na área da música, Harmonia/Composição Musical e em 1938 é ordenado sacerdote.
Dotado de grande humildade e simplicidade, desenvolve um importante conjunto de actividades, que fazem dele uma personalidade querida por todos os que com ele contactaram. Por todo o Minho e não só - nas décadas de 40, 50 e 60 – foi com toda a certeza o maior pregador popular, sempre solicitado para as grandes Festas e Romarias. Ficou célebre a Missa Mariana, intensamente popular, que foi composta expressamente para a inauguração do famoso Santuário do Sameiro, construído em comemoração da Paz do Mundo, logo a seguir à 2.ª Guerra Mundial, e durante as quais cerimónias foi convidado para ser o orador de mérito.
Após ser ordenado sacerdote, desenvolve uma série de actividades entre as quais ligadas à cultura. Compositor e regente de coros, é uma das mais plurifacetadas personalidades bracarenses. Foi, além de pároco e compositor para a liturgia, professor de Canto Gregoriano, História da Música, Piano e Harmónio, no Seminário Conciliar de Braga, director do jornal "Correio do Minho", fundador e director artístico de coros, director geral da Fundação Cupertino de Miranda, director da Casa de Camilo.
Em 1957, assumiu a direcção do Orfeão Famalicense que, com as solicitações dos Encontros de Coros, o levou a dedicar-se às músicas corais sacra e profana. Foi membro da Comissão Bracarense de Música Sacra e colaborou na NRMS, na adesão às mudanças litúrgicas trazidas pelo Concílio Vaticano II.
Em 2 de Janeiro de 1960, torna-se Vereador da Cultura, Viação e Trânsito e mais tarde, assume o lugar de Presidente da Câmara. Entre o leque de actividades que levou a cabo, destaca-se o empenho na renovação da Biblioteca, tendo sido seu director entre 1961 e 1971.
Faleceu a 28 de Janeiro de 1978

Currículo de Actividades e Campo de acção

Pároco de S. Paio de Antas (Esposende) e de Requião (Famalicão)
Professor de Português no Seminário de Nª Sª da Conceição.
Professor no Colégio de Riba d'Ave
Professor de Música no Seminário Conciliar
Membro da Comissão Arquidiocesana de Música Sacra
Fundador e Director do Coro do Centro de Arte e Cultura Popular de Bairro
Fundador e Director do Grupo Coral de Oliveira S. Mateus
Fundador e Director do Orfeão das Fábricas Riopele
Director Artístico do Orfeão Famalicense
Assistente Regional de Braga do Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português
Director do Jornal "O Correio do Minho"
Director Cultural da Fundação Cupertino de Miranda
Director Cultural da Casa de Camilo e do Boletim Cultural
Presidente da Assembleia Geral do Grupo Desportivo de Joane
Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão

Publicações

A Igreja do Divino Salvador de Joane, Apontamentos Para a Sua História
Ed. Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão,1978
Camilo em Datas, Factos e Comentários
Ed. Fundação Cupertino de Miranda, 1972
Milhares de Partituras musicais, em diversas Antologias, quer Sacras como laicais, nomeadamente líricas, com letras pessoais e ou de escritores célebres portugueses.
Destacam-se as suas obras musicais:
Composições Líricas, para piano e Canto-Solo
Rosas e Lírios de Maio
Ave-Maria, com coro e orquestra
Cânticos ao Menino Jesus
Ecce Panis, para canto e orquestra
Glória ao Senhor
Libera me, para vozes e orquestra
Louvores á Mãe de Deus
Missa, para vozes e orquestra
Missa Mariana, para a juventude
Missa de São Pio X
Missa da Requiem, a vozes e orquestra
Te Deum, para vozes e Orquestra

Opinião de quem o conheceu bem:

«O Pe. Benjamim foi uma personalidade encantadora: inteligência brilhante, sensibilidade genuína de artista, vontade forte e sempre ao serviço dos outros. Foi um escritor distinto e jornalista corajoso; compositor musical de suave inspiração e sublime lirismo; foi um professor de alta competência e um orador sagrado da mais elevada estirpe; foi pároco zeloso e, conforme a Escritura, um homem bom, sacerdote humilde e um apóstolo dedicadíssimo a Cristo. No rosto e nos lábios floria-lhe sempre a alegria cristã que comunicava felicidade a todos. Ficará para sempre, lembrado por quantos o conheceram, por quantos o admiraram, por quantos o estremeceram».
- Dr. Rocha Martins, S J.

                    Recolha de Assis Machado, afilhado de baptismo do laureado.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

OLIMPISMO 2012


«Citius, Altius, Fortius»

                                                                       Homenagem aos
Atletas olímpicos

“Ir mais longe, chegar mais alto, ser mais forte”                
É esta a humana ética do Olimpismo,
Na qual o atleta anseia algum protagonismo
Conquistando seus louros, a fama e a Sorte.

Durante meses corre, sobe e alcança mais,
Num incessante rodopiar de concorrência,
Não vira o rosto, luta com toda a insistência
Negando desistir perante os seus rivais.

Como é sublime tudo aquilo qu’ acontece
Naquela hora em que faz jus ao galardão
Pensando estar no Olimpo a sua redenção…

Em cada prélio toda a alma se envaidece
No prazer da conquista qu’ engrandece a vida
Escrevendo uma história agora enriquecida!


Frassino Machado
In RODA VIVA

N. B. Ver os Sites do autor:

terça-feira, 24 de julho de 2012

O ILUSTRE PROFESSOR


(J. Hermano Saraiva, 1919 - 2012)

Em homenagem a
José Hermano Saraiva

Com os olhos pregados na Tê Vê
Imenso auditório te admirava
E por entre as histórias qu´ escutava
Uma terna memória se antevê.

Tua mímica e gestos surpreendiam
Em certos pormenores ou porquês
E por entre emoções de lés-a-lés
Tuas palavras se repercutiam.

Na história e tradição tu foste mestre
P´la mente cultural dos ancestrais
Tornando-nos a alma pura e crente…

Sendo p´ra nós o Professor ilustre
                            Com as tuas lições bem magistrais
Deste um maior sentido à lusa gente!


Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA

https://facebook.com/pages/tertulia-poetica-ao-encontro-de-bocage/129017903900018

terça-feira, 10 de julho de 2012

HAICAIS À MARTA



Haicai 01

Donzela dotada
Não deixes acorrentar
Teu sonhar na madrugada

Haicai 02

Se queres libertar
Teu corpo das algemas
Fá-lo e não temas

Haicai 03

Para o amanhã florir
Há que caminhar
Amar e sorrir

Haicai 04
                                              
                                               Entra o sol pela janela
Banindo o que é tristonho
Em todo o sonho

Haicai 05

No Éden cresce a macieira
Um fruto para colher
Pela mulher!

*

Frassino Machado
In HAICAIS & POETRIX


Páginas do autor:

sexta-feira, 6 de julho de 2012

NASCIDA PARA VENCER


Dulce Félix - Campeã Europeia de 10000 m

Medalha de Ouro de Portugal

Com fibra de Campeã
Esta minhota mulher
Quer hoje, quer amanhã,
Tem tudo para vencer.

Tal como estrela a brilhar,
Melhor que Dulce não há,
Faz léguas sempre a somar
Com fibra de Campeã.

Dar às pernas é seu lema,
Nascida para vencer,
Tem vontade sem algema
Esta minhota mulher.

Lutou muito pela vida
Como qualquer cidadã
Na fama já tem guarida
Quer hoje, quer amanhã.

Dulce é a glória do Minho,
Asas no céu a bater,
Com mais este pergaminho
Tem tudo para vencer.

Como atleta de eleição,
Produto de Portugal,
Tem povo no coração
E bandeira credencial.

És filha desta Nação,
És chama que nos impeles,
Teu sorriso é galardão
E teu nome é Dulce Félix!

Frassino Machado
In RODA VIVA

N. B. Ver também os Sites do autor:

terça-feira, 3 de julho de 2012

DULCE FÉLIX - AVÉ CAMPEÃ !



DULCE CONQUISTA OURO NO EUROPEU 2012 - HELSÍNQUIA

"Estou muito feliz, é maravilhoso. A volta à pista com a bandeira nacional foi uma enorme emoção", foi desta forma que Dulce Félix reagiu à conquista da medalha de ouro nos 10 000 metros dos Campeonatos da Europa de atletismo, que terminaram há dias em Helsínquia, capital da Finlândia. 
A atleta minhota, de vinte e nove anos, isolou-se a sete voltas do final, garantindo uma importante vantagem sobre as mais directas adversárias. "Sabia que tinha de arriscar mais cedo do que elas, pois estou a treinar para a maratona dos Jogos Olímpicos e não tenho a mesma velocidade. Decidi tentar a sorte por volta dos 7 ou 8 km e obriguei as adversárias a descolar. Correu tudo bem, elas não resistiram, melhor para mim", explicou a campeã, que terminou a dupla légua em 31.44,75 minutos, muito perto do seu record pessoal, superiorizando-se à britânica Jo Pavey (31.49,03), prata, e à ucraniana Olha Skrypak (31.51,32), bronze.
"Esta era a medalha que faltava. Sabia que havia várias atletas a valer 31 minutos e tal, e que poderia lutar com elas por um lugar no pódio, mas daí a ganhar...", prosseguiu a atleta, que já tinha conquistado a prata e o bronze nos Europeus de crosse.
Na hora do sucesso, a atleta de Gandarela partilhou o ouro com a sua treinadora Sameiro Araújo: "É um prémio de muito trabalho, de acreditar na minha treinadora. Dedico-lhe também esta vitória e bem assim a todo o povo português". Sameiro, técnica bracarense de atletismo, desde há muitos anos, tem-se distinguido como orientadora de sucesso de muitas outras campeãs e, obviamente merece bem esta homenagem.
Ana Dulce Ferreira Félix nasceu no dia 20 de Outubro de 1982 em Gandarela, uma aldeia a 7 km de Guimarães. Trabalhou numa empresa têxtil durante oito anos. Começou a correr por volta dos dez anos no A.C.R. Conde, mas foi no F.C. Vizela que se notabilizou até ingressar no Maratona Clube de Portugal, de Lisboa. 
Ana Dulce Félix, predestinada para o Desporto de Alto Rendimento, é mais uma daquelas insignes atletas portuguesas de antes quebrar que torcer. Ela surge na peugada de outras famosas fundistas de entre Douro e Minho, tais como: Albertina Dias, Aurora Cunha, Conceição Ferreira, Fernanda Ribeiro, Jéssica Augusto, Manuela Machado, Rosa Mota e Sara Moreira. Todas estas atletas foram ou ainda são galardoadas internacionalmente com medalhas de alto nível, quer em Campeonatos Europeus, Campeonatos Mundiais, Europeus e Mundiais de Crosse e, acima de tudo, têm-se destacado com prestígio nos nobilíssimos Jogos Olímpicos.
Esta nossa campeã europeia vai continuar, estamos convictos, a preparar-se com afinco e persistência para os Jogos Olímpicos de Londres, já neste Verão.
Amiga Dulce, aqui deixamos os mais sinceros votos de que tenhas a maior sorte e o melhor desempenho possível nesta destacadíssima campanha desportiva. Será óptimo para ti, para o povo português e, mais que tudo, para honra e glória da tua Cidade Guimarães – Capital Europeia da Cultura 2012.

Prof. Assis Machado, ex-técnico de Atletismo do
          S. L. e Benfica, cidadão vimaranense.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O DAY AFTER DO NOSSO EURO


O Euro do nosso desencanto

«Crónica do nosso descontentamento»
(Contributo do portal Sapo & Lusa - adaptação de Assis Machado)

Imprensa estrangeira elogia
Exibição portuguesa

“O nosso desencanto”

Portugal está fora do Euro2012 depois de perder nas grandes penalidades com a Espanha.

A imprensa internacional elogiou na quarta-feira à noite a selecção portuguesa de futebol, apesar da eliminação nas meias-finais do Euro2012 de futebol, frente à campeã europeia Espanha.
«O sonho de Ronaldo no Euro 2012 morreu no drama dos penáltis», titula o tablóide britânico Sun, que elogia a exibição da selecção portuguesa, à qual faltou aquele «toque matador para enviar a Espanha de volta a casa».
O jornal inglês critica ainda a opção técnica de deixar o capitão português para o fim na cobrança das grandes penalidades: «Incrivelmente, Ronaldo nem teve a hipótese de bater o quinto penalti por ter sido colocado em último lugar na lista de marcadores. Erro elementar difícil de entender numa meia-final de um campeonato europeu».
O diário desportivo italiano Gazetta dello Sport também destacou a decisão de deixar Cristiano Ronaldo para o fim da lista de marcadores dos penáltis.
«Fábregas marcou o quinto penálti para a Espanha e assim Ronaldo não pôde bater o seu. É sempre uma péssima ideia meter o seu melhor marcador no último lugar da lista, sobretudo quando o adversário começa a série de penaltis», lê-se no diário transalpino.
 A Gazzetta dello Sport faz a análise à partida entre as duas selecções ibéricas, considerando que ambas jogaram um «futebol hiper-prudente e por isso o 0-0 pareceu sempre longe de ser desfeito», razão pela qual «tudo se decidiu nos penáltis», nos quais «o erro decisivo pertenceu a Bruno Alves, depois do duplo falhanço inicial de Xabi Alonso e Moutinho». Bruno Alves acertou na barra como todos testemunharam. A Gazzetta dello Sport faz a análise à partida entre as duas selecções ibéricas, considerando que ambas jogaram um «futebol híper-prudente e por isso o 0-0 pareceu sempre longe de ser desfeito», razão pela qual «tudo se decidiu nos penáltis», nos quais «o erro decisivo pertenceu a Bruno Alves, depois do duplo falhanço inicial de Xabi Alonso e Moutinho». Bruno Alves acertou na barra como todos testemunharam.
O diário desportivo francês L’Equipe titula que a Espanha se qualificou para a sua segunda final consecutiva do Europeu, depois de afastar Portugal nos penaltis, destacando a exibição da equipa de Paulo Bento.
«Os Lusitanos, dominadores esta noite no tempo regulamentar, ficam pelas meias-finais pela terceira vez em quatro participações», refere o L’Equipe, considerando Portugal «uma das boas surpresas» da competição.
O jornal Olé da Argentina destacou o facto de Cristiano Ronaldo ter ficado com “ganas” de bater o quinto penálti e não evitou aludir à rivalidade com Leo Messi: «Dizia-se que Ronaldo conquistaria a Bola de Ouro se levasse Portugal à final, mas parece que nem isso irá ganhar».
O mesmo jornal apelidou o jogo Portugal x Espanha de um «mini-clássico em miniatura», numa alusão ao Real Madrid x FC Barcelona e releva o facto das duas equipas «terem tido tanto respeito uma pela outra que tudo se acabou por decidir nos penáltis».
«Portugal entrou a pressionar muito alto para que a Espanha não impusesse o seu ritmo à base do toque de bola», refere o jornal a propósito do jogo de ontem, destacando o facto do terceto «Xavi, Silva e Iniesta ter rendido menos do que é habitual», concedendo o mérito «ao sólido bloco defensivo português».
O site brasileiro Globoesporte titula “Doce Rotina” sobre a crónica da partida, referindo que a Espanha venceu Portugal nos penáltis e tem agora oportunidade de fazer história na Eurocopa, tornando-se na primeira selecção a conquistá-la duas vezes.
«Portugal percebeu que o segredo para travar a Espanha era pressionar no meio-campo espanhol. Com esta postura, os Lusos conseguiram que a ‘Fúria’, apesar de ter mais posse de bola, não chegasse de forma efectiva à baliza de Rui Patrício», escreveu o Globoesporte, que não deixou passar em claro, todavia, a ligeira quebra portuguesa no prolongamento.
Neste período, segundo o Globoesporte, o «cansaço português era visível», razão pela qual a Espanha «esteve mais próxima do golo» no prolongamento, provavelmente pelo «maior desgaste dos rivais».
Já a Folha de São Paulo considerou que a Espanha «nem o domínio de bola teve, desta vez», visto que «cinquenta e seis por cento de posse de bola não é o padrão normal dos atuais campeões europeus e mundiais».
«Portugal não deixou a Espanha jogar e esteve mais incisivo no ataque, de tal forma que o seleccionador espanhol Vicente del Bosque estava tão incomodado ao intervalo que lançou Fábregas e Navas para os lugares de Negredo e David Silva», comenta o mesmo que aparentemente procurou mais o golo».
Finalmente, destacou o facto de Ronaldo «ter tido nos pés, aos oitenta e oito minutos, a oportunidade de colocar Portugal na final”, mas o remate “não acertou no alvo».

Conclusão – Fica-nos a ideia clara de que errámos o ALVO-EURO2012! Todavia cremos que se reforçou largamente a certeza da nossa melhoria como “Equipa Desportiva de todos nós” e lançamos, desde já, um repto decisivo – no que concerne ao “desporto-rei” – com a convicção e a esperança de que o futuro está nas nossas mãos. 

                                                Prof. Assis Machado

N. B. Ver também, por favor, os Sites do autor: